Fórum aproxima setores público e privado na defesa da análise do ciclo de vida dos produtos

Uma avaliação que pode se tornar um diferencial no mercado para as empresas. A teoria foi defendida pelo gerente de desenvolvimento sustentável da Braskem, Luiz Gustavo Ortega, ao falar sobre o ciclo de vida dos produtos, durante palestra da CS de Desenvolvimento Sustentável do Fórum.

Uma avaliação que pode se tornar, em um futuro não muito distante, um diferencial no mercado para as empresas. A teoria foi defendida pelo gerente de desenvolvimento sustentável da Braskem, Luiz Gustavo Ortega, ao falar sobre o ciclo de vida dos produtos, durante palestra da Câmara Setorial de Desenvolvimento Sustentável do Fórum Permanente de Desenvolvimento do Estado do Rio nesta sexta-feira (14/02). tratou do tema ciclo de vida dos produtos. A empresa, junto com outras oito grandes criou há dois anos a Rede Empresarial Brasileira de Avaliação de Ciclo de Vida. “É uma tendência mundial que a avaliação de ciclo de vida faça parte da cultura das empresas, otimizando o uso de recursos e que se transforme critério de opção na hora de aquisição dos produtos, quem não se adequar, pode perder competitividade no mercado”, definiu.

Fomentar o debate entre o setor produtivo e o poder público a respeito desse tema foi o principal objetivo dessa reunião, segundo a secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha, que adiantou que o mesmo voltará a ser discutido durante outras reuniões ao longo deste ano. “Vamos focar os trabalhos dessa Câmara Setorial em como a avaliação de ciclo de vida pode dar subsídios para quem quer realizar compras públicas de forma sustentável. É necessário criar essa cultura, tanto nas empresas quanto no Governo, e capacitar pessoas para realizar esse tipo de análise, tão complexa", explicou.

O ciclo de vida de um produto é o conjunto de etapas necessárias para que o produto cumpra sua função. Agrega custos, impacto ambiental e o caminho percorrido pelo produto desde a extração da matéria-prima necessária para a produção deste, a distribuição, seu uso e por fim o descarte no meio ambiente. A avaliação do ciclo de vida é uma tendência mundial e já se encontra bem avançada em países como a França, Holanda e Alemanha. De acordo com Ortega, a Rede Empresarial Brasileira de Avaliação de Ciclo de Vida criou cinco grupos de trabalho que tratarão de acreditação de profissionais de ACV, capacitação de empresas em GCV, comunicação, Banco de Dados Brasileiro e rotulagem.

A intenção de formar um banco de dados nacional de referência sobre o tema, não apenas para que as empresas possam optar pelo método de produção mais econômico e sustentável, como para informar o consumidor sobre o impacto da produção para o meio ambiente.

 

Veja apresentação do palestrante

Texto de Fábio Peixoto