Fórum debate a dimensão econômica da cultura

Um estudo apresentado em reunião da CS de Economia Criativa do Fórum mostrou que o setor gera 10% dos salários e representa 2,2% dos empregos no estado. As informações apresentadas estarão no no Caderno de Cultura que está sendo produzido em parceria com a Uerj.

No estado do Rio, a chamada economia criativa gera 2,2% dos empregos, mas movimenta 10% da massa salarial, com alta concentração na capital. Estes dados fazem parte do estudo apresentado pelo professor da PUC-Rio e da ESPM João Figueiredo durante reunião do Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado nesta quarta-feira (29/05). O conteúdo debatido fará parte do Caderno de Cultura, que está sendo desenvolvido em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

A chamada economia criativa agrega não só as artes como o cinema, teatro e dança como a propaganda, arquitetura, design e turismo. Segundo Figueiredo, o modelo moderno de desenvolvimento precisa passar pela atividade cultural para crescer. O professor chamou a atenção para o fato de a cultura ser um fenômeno popular natural, e ressaltou que tentativas de criar artificialmente um processo cultural dificilmente são bem sucedidas. “O papel do estado é mobilizar, de forma produtiva, toda a bagagem cultural existente no Rio, identificar os fenômenos e potencializá-los como agentes econômicos, gerando emprego e renda”, afirmou.

Subdiretora-geral do Fórum, Geiza Rocha explicou que a apresentação do professor estará em um capítulo do Caderno de Cultura do estado. A publicação, assim como  as de Turismo e de Esporte, tem a intenção de mostrara aos gestores de cada município o potencial da cultura e das tradições de promoção do desenvolvimento e dinamização da economia local. “O professor João Figueiredo estruturou e introduz a discussão sobre a dimensão econômica da Cultura no estado. Em seguida apresentaremos o mapeamento das vocações culturais de cada região do território do estado do Rio de Janeiro”.

Texto de Fábio Peixoto