O subsecretário estadual de Transportes, Delmo Pinho, anunciou na reunião da Câmara Setorial de Infraestrutura e Logística que o estado do Rio de Janeiro possui cerca de R$ 15 bilhões para investir na infraestrutura do estado até as Olimpíadas de 2016.
O subsecretário estadual de Transportes, Delmo Pinho, anunciou na reunião da Câmara Setorial de Infraestrutura e Logística que o estado do Rio de Janeiro possui cerca de R$ 15 bilhões para investir na infraestrutura do estado até as Olimpíadas de 2016. O recurso recorde já possui destino e planejamento, que foram apresentados pelo representante da secretaria na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) nesta terça-feira (2 de abril).
Entre os que possuem execuções próximas estão as melhorias propostas para o Aeroporto Internacional do Galeão - Antônio Carlos Jobim, e a construção de mais três aeroportos com fundo do Programa Federal de Auxílio aos Aeroportos (PRFAN) em Cabo Frio, Angra dos Reis e Resende, além da construção de um mergulhão em Niterói, próximo ao fim da ponte, e a criação de um viaduto que ligará a ponte Rio-Niterói à Linha Vermelha, na altura do Caju. O subsecretário salientou também a importância da finalização da 1º fase de obras no Porto do Rio dentro de cinco anos: "Dentro desse período teremos obras no entorno do Porto realizadas. Elas facilitarão o acesso ao local, que é hoje uma dificuldade, de forma multimodal. Que significa que investiremos nos transportes ferroviários, rodoviário e aéreo".
Segundo Pinho, o Rio de Janeiro representa apenas 0,5% da extensão geográfica nacional, contudo é o terceiro estado com maior extensão litorânea e historicamente uma cidade portuária. Para desenvolver o porto, a secretaria desenvolveu um programa intitulado Porto do Rio Século XXI, que tem por objetivo aumentar a freqüência de navios nessa nova fase e atrair parceiros da iniciativa privada, para transformar o porto em peça vital no desenvolvimento econômico do estado.
As ações englobam o regulamento do cais dos Terminais de Contêineres com profundidade na cota de -12,5m, a ampliação da bacia de evolução, dentre outras ações, que somam R$ 90 milhões de investimento. Ainda de acordo com o subsecretário, o porto do Rio é o principal responsável por sustentar praticamente toda a operação do pré-sal na costa nacional. O objetivo é colocá-lo na rota dos investimentos multimodais para que ele se torne uma peça do sistema de transportes nacional, auxiliando no transporte de cargas pelo Brasil e alavancando a economia do estado. Além disso, o estado conta com os portos de Niterói, Itaguaí e mais outros em construção ou projetos de estudo, entre esses o porto do Açu, de Macaé e Maricá.
Para a área rodoviária, além da construção do mergulhão e do viaduto, ambos ligados à ponte Rio Niterói, os planos da secretaria buscam se adequar ao fato de que a frota de carros vem aumentado cerca de 10% há anos no Brasil. Quanto as rodovias, o planejamento envolvem a duplicação da BR-101 no sentido Campos, onde existe o terceiro maior engarrafamento do estado, a restrição do tráfego de caminhões longos em determinados horários na BR-040 e o melhor planejamento de sinais e da engenharia de trânsito na BR-101, no sentido Santos. Esse investimento engloba o Sistema de Inteligência de Transportes (ITS), que visa padronizar o sistema de informações no trânsito entre os municípios para que haja melhor controle e monitoramento do trânsito detectando riscos e contratempos de mobilidade com o uso de câmeras e suportes visuais.
Delmo Pinho lembrou também da proposta federal sobre a construção de 12 linhas férreas de transporte de carga pelo país. Entre essas estarão a linha Uruaçu e a linha de Vitória - tida como a transcontinental brasileira. Essas duas reforçariam e fomentariam a economia estadual e a vocação portuária do Rio de Janeiro. O secretário falou também sobre a criação da Linha 3 do Metrô que contemplará Niterói e São Gonçalo, além do novo sistema de barcas, que realizou recentemente a maior encomenda de frota dos últimos 60 anos.
Para Geiza Rocha, subdiretora-geral do Fórum, o debate trouxe à tona a importância do desenvolvimento multimodal. "Precisamos saber o que está no radar do estado para os próximos anos e o que está previsto de melhorias para dar conta dos desafios do crescimento econômico".