Gestão participativa é defendida em evento do Fórum

Durante o debate, Saturnino Braga apontou a participação de gestores como uma saída para crises econômicas e políticas. "A gestão participativa é o melhor caminho para a diminuição de gastos públicos e para a criação de uma melhor ligação entre a sociedade e os órgãos políticos", afirmou.

 

A participação da população nos atos políticos foi defendida pelo ex-senador Saturnino Braga, que considerou a atuação popular como a "principal válvula de escape para a criação de uma melhor sociedade". Tal afirmação foi feita durante uma palestra do ex-parlamentar no II Seminário de Gestão e Políticas Públicas, iniciativa da Associação dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Planejamento e Orçamento (GestRio) apoiada pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Subdiretora-geral do Fórum, Geiza Rocha reforçou a ideia principal defendida pela organização. "O apoio a um evento como este faz parte de nossa principal vertente, que é a de construir formas de desenvolvimento político sustentável para o Rio de Janeiro", disse Geiza durante a abertura do evento. 

Durante o debate, Saturnino Braga - que deixou a vida pública no ano de 2006 - apontou a participação de gestores como uma saída para crises econômicas e políticas. "A gestão participativa é o melhor caminho para a diminuição de gastos públicos e para a criação de uma melhor ligação entre a sociedade e os órgãos políticos", afirmou, comentando, ainda, que "fomos pioneiros em utilizar deste ideal em 1986, quando assumi a Prefeitura do Rio, pois antigamente a figura do gestor era inexistente e os comandos gerais estavam nas mãos dos setores mais elevados, fossem estes políticos ou militares". 

A criação e os desafios das políticas públicas no estado do Rio de Janeiro, além do controle social e político exercido pela sociedade no mundo atual também foram discutidos no seminário. Segundo o professor da Universidade de São Paulo (USP) Alessandro Soares, as políticas públicas devem solucionar problemas de conflitos de objetivos humanos e criar modos de evitá-los. "O processo de política pública tem que destacar a dimensão humanitária e criar uma natureza participativa, para que a sociedade comum encontre o seu espaço no elemento político", enfatizou Soares. Participaram do evento, ainda, a cientista social Evelyn Levy e a pesquisadora do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Celina Souza; além de representantes da GestRio e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT).

 


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