Fórum irá trabalhar sugestões para beneficiar acesso a portos e aeroportos

Com os investimentos que estão sendo feitos, até 2015 o Rio pode se tornar o maior estado brasileiro em número de cargas portuárias movimentadas. Mas para isso precisa solucionar problemas de acesso. Esta é a avaliação do especialista em infraestrutura e novos investimento da Firjan, Riley de Oliveira. Leia na íntegra.

O Rio de Janeiro é o estado brasileiro com o maior número de portos em sua costa (7), e o segundo maior do país em volume de cargas movimentadas (126 milhões de toneladas em 2009) - atrás apenas do Espírito Santo. E, com os investimentos que estão sendo feitos, até 2015 pode se tornar o maior estado em volume, com 11 portos em sua costa, três grandes terminais especializados e 14 plantas marítimas de grande porte. Mas para isso precisa solucionar problemas de acesso. Esta é a avaliação do especialista em infraestrutura e novos investimento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Riley Rodrigues de Oliveira, que nesta quarta-feira (22/9), em reunião conjunta das Câmaras Setoriais de Infraestrutura e de Comércio Exterior do Fórum de Desenvolvimento do Rio, fez uma palestra sobre os gargalos de acessos de portos e aeroportos do estado.

Riley falou sobre o potencial e os desafios de cada um dos portos do estado (Rio de Janeiro, Itaguaí, Niteroi, Angra dos Reis, Macaé, Arraial do Cabo e Santa Cruz), propondo soluções para cada um dos problemas. "Cada um desses portos possui problemas de acesso diferentes. Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, o principal gargalo está em sua relação com a cidade. O porto briga com a cidade. Já em Niteroi, é preciso melhorar acessos rodoviário e ferroviário. O porto de Arraial do Cabo ainda não possui licença ambiental, e o de Macaé, possui apenas três cais, o que cria uma fila de até três dias para atracação", explica.

O especialista sugeriu, ainda, a atualização de duas leis que estão em vigor. "Precisamos adaptar as Leis 3055 de 1998, que criou o Sistema de Apoio Industrial ao Porto de Sepetiba e a 4.173/2003, que criou o Programa Riolog, a nova realidade do estado, levando em conta o Arco Metropolitano", sugere Rodrigues, que se comprometeu a encaminhar as sugestões de mudança via ofício ao Fórum. Ele sugeriu, ainda, definir incentivos para indústrias da cadeia produtiva naval e de setores empresariais voltados ao Comécio Exterior, como a redução da carga tributária e apoiar a implantação de Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) e de terminais reguladores.

Para a secretária-geral do Fórum, Geiza Rocha, este é o momento de levantar as necessidades tendo em vista que uma série de investimentos estão sendo realizados. "Está muito claro que a hora para investir e resolver esses gargalos de acesso é agora. Estamos unindo forças entre o empresariado, as universidades, que também participam das discussões do Fórum, e o Poder Legislativo a fim de criar um ambiente para que essas modificações sejam feitas e transformem o Rio de Janeiro de fato no maior terminal portuário do Brasil", diz.

O próximo passo será debater as sugestões demodificação, que serão encaminhadas pela Firjan na Câmara Setorial de Comércio Exterior do Fórum.

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